Conecte-se Conosco
 

Política

Novo crédito consignado: MP facilita acesso e concursos digitais

Publicado

em

Alterações nas Regras do Crédito Consignado: Propostas em Debate na Comissão Mista

Na última quarta-feira (29), a Comissão Mista, sob a presidência do deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE), promoveu um debate significativo sobre a Medida Provisória 1.292/2025, que busca reformular as diretrizes do crédito consignado. O encontro contou com a participação de parlamentares, representantes do setor financeiro, sindicatos e cooperativas para discutir as potenciais mudanças.

A Importância da Medida Provisória 1.292/2025

A MP visa autorizar a contratação do crédito consignado por meio de plataformas digitais. Essa medida tem como objetivo agilizar processos, aumentar a segurança jurídica e facilitar o acesso ao crédito tanto para trabalhadores formais quanto informais.

O Cenário Atual do Crédito Consignado

Ivo Mósca, diretor de Inovação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apresentou dados fundamentais sobre o uso do crédito consignado. Ele indicou que apenas 10% dos 45 milhões de brasileiros elegíveis estão utilizando essa forma de crédito. Mósca atribui essa situação a barreiras operacionais e tecnológicas deixadas pelo modelo tradicional, que dependia de convênios bilaterais.

Potencial de Concorrência Aumentada

Mósca acredita que a introdução de plataformas digitais permitirá uma maior concorrência, o que poderia resultar na redução das taxas de juros. Ele também mencionou que a adoção do novo sistema já levou a um aumento de quatro vezes nas concessões de crédito nos primeiros dois meses de operação.

O Viés Social da Proposta

Vinícius Brandi, subsecretário de Reformas Microeconômicas e Regulação Financeira do Ministério da Fazenda, esclareceu o aspecto social da MP. Ele destacou que a versão anterior da MP deixava muitos tomadores, especialmente aqueles com restrições de crédito, marginalizados no sistema. Com a nova regulamentação, os trabalhadores tornam-se mais autônomos em suas escolhas de crédito.

Leia Também:  Fraude no INSS vira disputa política entre Lula e Nikolas

Transparência e Autonomia

Brandi enfatizou a importância da transparência nos prazos e encargos, permitindo que o trabalhador tome decisões informadas. Ele acredita que a integração de dados poderá calibrar melhor os riscos, oferecendo taxas adaptadas a diferentes perfis de crédito.

Preocupações com o Superendividamento

Rodrigo Britto, dirigente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), manifestou suas preocupações com o superendividamento. Embora tenha elogiado a ampliação do público-alvo da MP, ele ressalvou a necessidade de medidas de educação financeira, bem como canais acessíveis de reclamação e renegociação.

Sugestões de Proteção

Britto sugere que limites estritos devem ser implementados para proteger os trabalhadores que já possuem empréstimos consignados. Ele acredita que, sem esses mecanismos, o novo modelo pode substituir uma crise por outra.

O Papel das Cooperativas no Novo Modelo

Thiago Borba Abrantes, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e Edilson João da Costa, da Associação Nacional dos Profissionais de Crédito (Aneps), discutiram a relevância das cooperativas de crédito nas novas normas. Abrantes enfatizou que cerca de 203 cooperativas aguardam habilitação técnica e operam de maneira a oferecer taxas abaixo do custo de captação.

Regulação e Controle de Custos

Borba Abrantes defendeu a prorrogação do prazo para a migração das cooperativas e pediu ajustes nos regulamentos para permitir que mantivessem seu modelo de negócios.

Superação dos Gargalos de Integração

Leonardo Barbosa, da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), destacou como o novo modelo digital poderá eliminar as barreiras de integração. Com a implementação de um sistema de marketplace, os trabalhadores podem submeter pedidos de crédito e receber propostas de diferentes instituições financeiras.

Agilidade e Segurança no Processo

Barbosa afirmou que a digitalização melhora a agilidade do processo e reduz a possibilidade de erros, permitindo um registro em tempo real no e-Social.

Importância da Portabilidade e da Integração Tecnológica

Eduardo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia (Zetta), reiterou a relevância da portabilidade no início do programa. Com o aumento das ofertas, ele sugeriu o monitoramento da implementação da Carteira de Trabalho Digital e a integração rápida das seguradoras do FGTS.

Expectativas de Crescimento Competitivo

Lopes indicou que a migração de contratos antigos para novas taxas terá um impacto positivo sobre a competitividade do mercado.

Leia Também:  Governo Trump oferece US$ 1000 para imigrantes que decidirem deixar os EUA voluntariamente

Mecanismos de Cobrança e Fiscalização

Carlos Augusto Simões Gonçalves Júnior, secretário de Proteção ao Trabalhador, abordou os mecanismos de cobrança e fiscalização que a MP introduz. Ele destacou que penalidades cíveis e criminais serão aplicadas a empregadores que não cumprirem suas obrigações de repasse.

Urgência na Regulamentação

Simões solicitou atenção para a regulamentação dos valores devidos e a necessidade de uma operação automática de transferência de dívidas em caso de mudança de emprego.

O Papel das Fintechs na Democratização do Crédito

Raquel Freitas, da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), ressaltou a importância das fintechs no novo cenário. Ela criticou a exigência do Código do Banco Central para integração, que pode limitar a oferta de serviços.

Sugerindo Inovações no Sistema

Freitas propôs a possibilidade de múltiplas contratações e a criação de canais de autorregulação para prevenir fraudes.

Projeções para o PIB e Impacto Social

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da MP, destacou a importância das alterações para o crescimento econômico. Ele projetou que as mudanças poderiam resultar em um crescimento de até 0,7% no PIB no próximo ano, ao mesmo tempo que liberaria brasileiros de taxas de juros altíssimas.

Garantia e Segurança para os Trabalhadores

Carvalho explicou que o FGTS funciona como um mecanismo de garantia, protegendo o trabalhador em caso de inadimplência. O relator também abordou a necessidade de sanções contra abusos no mercado de crédito.

Críticas e Necessidade de Aperfeiçoamento

O deputado Giacobo (PL-PR) manifestou suas preocupações em relação às altas taxas de juros e pediu aprimoramentos no controle de riscos e na prevenção de fraudes.

Apoio à Medida e Importância da Escuta Social

O deputado Kiko Celeguim (PT-SP) reiterou seu apoio à MP e comentou sobre a abertura do crédito por meio da colaboração entre bancos, fintechs e cooperativas.

Conclusão: Caminho para um Sistema de Crédito Mais Inclusivo

A discussão em torno da Medida Provisória 1.292/2025 destaca um momento crucial para o futuro do crédito consignado no Brasil. Com a possibilidade de inclusão de mais trabalhadores e a adoção de plataformas digitais, há potencial para um sistema mais transparente e acessível. Contudo, a implementação de salvaguardas e educação financeira será essencial para evitar crises de endividamento e garantir que a população se beneficie de forma real e sustentável. As próximas etapas da regulamentação e a consulta contínua às diversas partes interessadas serão fundamentais para o sucesso dessas reformas.

Fonte: Agência Senado

Equipe responsável pela curadoria e publicação das principais notícias no Fórum 360. Nosso compromisso é informar com agilidade, clareza e responsabilidade.

Continue Lendo
💬 Dê sua nota e comente
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Política

Senado aprova lei para fortalecer combate ao crime organizado

Publicado

em

Por

Senado Aprova novo Marco Legal para Combate ao Crime Organizado

O Senado Federal brasileiro deu um passo significativo no combate ao crime organizado ao aprovar nesta quarta-feira, 10 de outubro de 2023, o projeto de lei que estabelece um marco legal para esse enfrentamento. Conhecido como PL Antifacção (PL 5.582/2025), o projeto traz uma série de inovações que visam aumentar a eficácia das ações contra facções e milícias que ameaçam a segurança pública no país.

Principais Novidades do PL Antifacção

Aumento das Penas para Organizações Criminosas

Uma das principais inovações do PL Antifacção é o aumento das penas para integrantes de organizações criminosas. Com essa medida, o Senado busca desestimular a criminalidade e dificultar a atuação dessas facções que, segundo dados do governo, têm crescido em número e influência.

As mudanças nas penalidades são cruciais para fornecer aos órgãos de segurança uma ferramenta eficaz para desmantelar essas estruturas. A proposta também inclui punições mais severas para crimes relacionados ao tráfico de drogas, extorsão e homicídios cometidos por essas organizações, enfatizando que práticas recidivistas terão consequências mais rigorosas.

Novas Fontes de Investimento

Outra medida importante prevista no projeto é a criação de novas fontes de investimento para o combate ao crime organizado. Isso inclui a possibilidade de utilização de bens apreendidos de organizações criminosas para financiar operações e programas de prevenção. Essa estratégia não apenas reforça a luta contra o crime, mas também promove a reintegração social, uma vez que os recursos podem ser utilizados em ações voltadas para a educação e a inclusão social.

Integração Aumentada entre Forças estaduais e Federais

O PL Antifacção também foca na integração entre as forças de segurança estaduais e federais. Essa articulação é fundamental para garantir uma resposta unificada e mais eficaz contra as organizações criminosas, que muitas vezes operam em várias regiões do país. O objetivo é formar uma rede de colaboração que potencialize os esforços de combate à criminalidade, unindo expertise e recursos.

Leia Também:  Brasil adere a acordo que facilita travessia em fronteiras do Mercosul

Entrevista com o Senador Alessandro Vieira

Para entender melhor as implicações do projeto, conversamos com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), um dos principais apoiadores do PL Antifacção. Em entrevista, o senador destacou o caráter inovador do texto, que, segundo ele, representa um avanço significativo na luta contra o crime organizado no Brasil.

Mecanismos de Descapitalização

Durante a conversa, Vieira explicou que um dos principais focos do projeto é a descapitalização das organizações criminosas. “A ideia é retirar o poder econômico dessas facções, atingindo seus recursos financeiros”, afirmou. Ele detalhou que a proposta inclui mecanismos legais que permitirão a apreensão de bens e ativos ligados a atividades ilícitas.

Classificação como Terrorismo

Outro ponto importante discutido pelo senador foi o debate em torno da classificação de determinados atos de criminalidade como terrorismo. “É vital que a sociedade entenda a gravidade das ações cometidas por essas organizações. A rotulagem como terrorismo pode fortalecer legalmente as ações de combate”, afirmou Vieira. Essa categorização ainda precisa ser debatida e aprovada em níveis superiores, mas pode se tornar um ponto de referência importante para futuras legislações.

Próximos Passos da CPI do Crime Organizado

O senador também comentou os próximos passos relacionados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. Vieira acredita que a CPI é uma ferramenta importante para investigar as raízes e os impactos do crime organizado no Brasil, e que deve funcionar em consonância com o PL Antifacção.

Leia Também:  Gleisi Hoffmann repudia sanção dos EUA contra Alexandre de Moraes

O Papel da Sociedade e das Instituições

A Importância da Mobilização Social

A aprovação do PL Antifacção é uma vitória legislativa, mas também um momento que convoca a sociedade a participar da luta contra o crime organizado. A mobilização social é essencial para pressionar por mudanças, apoiar operações de segurança e participar de iniciativas educativas e preventivas. Isso inclui um maior engajamento em programas de conscientização e ações comunitárias que visem a prevenir o recrutamento por facções criminosas.

Alinhamento entre Políticas Públicas e Segurança

Além disso, a implementação efetiva do PL Antifacção requer o alinhamento entre as políticas públicas. As ações de segurança precisam estar interligadas a programas sociais que ajudem a enfrentar as condições que favorecem o crime, como pobreza e falta de oportunidades.

A aprovação do PL Antifacção pelo Senado representa um passo significativo no combate ao crime organizado no Brasil. Com um enfoque na descapitalização das facções, novas fontes de investimento e a integração das forças de segurança, o projeto traz uma série de inovações que podem alterar a dinâmica da criminalidade no país.

Entretanto, o sucesso deste marco legal depende não apenas de sua aprovação, mas também da mobilização da sociedade e da eficácia das políticas públicas que o complementam. A luta contra o crime organizado é uma tarefa coletiva que exige o envolvimento de todos os setores da sociedade. O PL Antifacção pode ser um catalisador nesse processo, mas a verdadeira mudança acontecerá quando houver um comprometimento conjunto de autoridades, sociedade civil e cidadãos.

Continue Lendo

8 de janeiro

Câmara vota hoje projeto de redução de penas para presos de 8/1

Publicado

em

Por

Câmara dos Deputados Avalia Redução de Penas nesta Terça-feira

Hugo Motta convoca votação importante sobre projeto de redução de penas

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos, anunciou a votação do projeto de redução de penas nesta terça-feira, dia 9 de outubro. A proposta, que é de relatoria do deputado Paulinho da Força, do Solidariedade-SP, tem gerado intensas discussões entre os parlamentares.

Contexto do Projeto de Redução de Penas

Anistia e os Eventos de 8 de Janeiro

A proposta inicial que circulou entre os deputados abordava a anistia a favor do ex-presidente e de outros indivíduos envolvidos nos ataques violentos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que visaram as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Esta questão tornou-se um dos tópicos centrais nas discussões da Câmara nos últimos meses. Entretanto, após diversas deliberações, a ideia de uma anistia completa perdeu suporte, dando lugar a uma proposta mais branda: a redução de penas.

Mudanças na Proposta

Nos últimos dias, o clima em torno da votação tornou-se tenso. A proposta atual, na visão de Paulinho da Força, não contempla anistia, uma vez que se dedica apenas à redução de penas. Segundo o deputado, mesmo diante da pressão de outros membros, a essência do projeto permanece inalterada. “Anistia zero. O que tem é redução de penas”, reiterou Paulinho durante uma coletiva.

Leia Também:  Governo Trump oferece US$ 1000 para imigrantes que decidirem deixar os EUA voluntariamente

Pressões e Debates na Câmara

A Influência de Flávio

A pressão exercida por alguns membros da Câmara, especialmente por Flávio, foi interpretada por muitos como uma tentativa de chantagem política. Essa dinâmica pode influenciar o rumo da votação e a aceitação do projeto por parte de outros deputados. A discussão revela não apenas as divisões internas entre os partidos, mas também a forma como a política brasileira se molda em situações de crise.

Reações dos Parlamentares

A fala de Paulinho da Força reflete uma tentativa de contenção dessas pressões internas, com um foco claro em um consenso que não inclui anistia. A pressão por uma posição mais conciliadora na discussão é uma estratégia comum em momentos críticos como este. Os parlamentares estão cada vez mais atentos ao impacto que suas decisões terão, não apenas em suas carreiras, mas também na percepção pública sobre a legitimidade de suas ações.

Implicações da Votação

Consequências Potenciais

Caso aprovado, o projeto de redução de penas pode abrir um precedente significativo para a abordagem do Legislativo em casos de delitos graves. A situação gera um debate profundo sobre justiça, equilíbrio de poder e a necessidade de manter a ordem democrática em face de ações que colocam em risco suas instituições.

Leia Também:  Senado sabatina novos indicados para agências reguladoras

Além disso, a votação é um reflexo de um ambiente político em constante transformação, onde alianças são formadas e desfeitas rapidamente. A forma como cada deputado se posiciona em relação a este projeto pode determinar sua aceitação pelos eleitores e o impacto nas próximas eleições.

O Papel dos Cidadãos

É fundamental que a população acompanhe de perto o desenrolar dessa votação. A participação cidadã é um pilar da democracia, e entender como cada medida pode afetar a sociedade é essencial. Somente assim os cidadãos poderão exercer plenamente sua cidadania, cobrando e exigindo transparência e responsabilidade aos seus representantes.

A votação do projeto de redução de penas programada para hoje na Câmara dos Deputados carrega implicações que vão muito além da questão penal. Em um país onde a confiança nas instituições é constantemente desafiada, cada decisão parlamentar reflete não só uma posição política, mas um compromisso com os princípios democráticos. O futuro da política brasileira pode depender da capacidade dos deputados de equilibrar justiça e ordem, enquanto a sociedade civil se mantém vigilante e ativa nas discussões que moldam seu destino.

Continue Lendo

Política

Senado aprova Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência

Publicado

em

Por

Novo Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência: Uma Esperança para Políticas Públicas

O financiamento de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência no Brasil pode estar à beira de uma transformação significativa. Após aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), um projeto de lei que estabelece o Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (FNPD) promete criar uma nova e permanente fonte de recursos. Este avanço é visto como um passo crucial em direção à inclusão e à garantia de direitos para os 18 milhões de brasileiros com deficiência.

O Que é o Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência?

A Natureza do FNPD

O FNPD será um fundo com natureza contábil, destinado a financiar ações que promovam a autonomia, acessibilidade e participação social das pessoas com deficiência, superando as barreiras enfrentadas por esse grupo. As receitas do fundo incluirão dotações orçamentárias, multas relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência, rendimentos financeiros e doações incentivadas por lei.

Projetos e Programas Financeiros

A aprovação do projeto, que passou em caráter terminativo na CAE, foi um marco importante. Agora, o foco se volta para a Câmara dos Deputados, onde o projeto deverá ser apreciado. Caso não haja recurso para votação no Plenário do Senado, a proposta deverá seguir adiante sem delongas.

O autor da proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS), destacou a necessidade de garantir recursos adequados e contínuos para as políticas destinadas a essa parte significativa da população brasileira. “São 18 milhões de pessoas com deficiência no Brasil; precisamos garantir políticas contínuas com recursos que façam a diferença”, afirmou o senador durante a votação.

Leia Também:  Gleisi Hoffmann repudia sanção dos EUA contra Alexandre de Moraes

Como o FNPD Funcionar

Fontes de Recursos

O fundo está estruturado para financiar diversas ações, sendo vital que as doações impulsionem projetos que busquem promover a inclusão social e a acessibilidade. O texto aprovado, que incorpora emendas da Comissão de Direitos Humanos (CDH), especifica os objetivos e como o financiamento deverá ser direcionado. As atividades financiadas podem incluir a construção de infraestrutura acessível, programas educativos e campanhas de conscientização.

Incentivos Fiscais

Uma das inovações mais significativas trazidas pelo projeto é a permissão para deduções no Imposto de Renda para doações feitas aos fundos municipais, estaduais e nacional. Os contribuintes poderão deduzir até 1% do imposto devido, incentivando doações para o FNPD e aumentando, assim, os recursos disponíveis para políticas públicas voltadas à inclusão de pessoas com deficiência.

Um Ajuste Que Faz a Diferença

Ampliação do Prazo para Deduções

O relator do projeto na CAE, senador Plínio Valério (PSDB-AM), implementou uma emenda que estende o prazo para que essas deduções possam ser realizadas, agora abrangendo até o exercício de 2029. Essa ampliação foi uma sugestão do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e foi vista como uma medida positiva para a qualidade de vida das pessoas com deficiência no Brasil.

“Com essa medida, contribuímos muito para a qualidade de vida das pessoas com deficiência”, observou Mecias, demonstrando a unanimidade em torno da necessidade de se ampliar as oportunidades para todos.

Benefícios Esperados do FNPD

Impacto Social e Econômico

A criação do FNPD não é apenas uma questão de financiamento; trata-se, essencialmente, de promover uma mudança cultural no Brasil. O fundo deverá facilitar a criação de políticas públicas eficazes, que atendam diretamente às necessidades de pessoas com deficiência, garantindo acesso a serviços essenciais e promovendo a plena participação na sociedade.

Leia Também:  Senado vota propostas de combate à violência contra mulheres nesta quarta

Inclusão e Empoderamento

Além de fomentar ações voltadas à inclusão, o FNPD pode potencialmente servir como um catalisador para o empoderamento das pessoas com deficiência, criando um espaço onde suas vozes são ouvidas e suas necessidades são atendidas. Isso é crucial em um país onde, muitas vezes, as demandas e direitos desse grupo são marginalizados ou ignorados.

Conclusão: O Caminho à Frente

A aprovação do projeto de lei que cria o Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência representa um marco significativo para o Brasil, especialmente no que tange às políticas voltadas para um dos segmentos mais vulneráveis da população. Ao estabelecer um fluxo de recursos destinados à promoção de direitos e inclusão, o FNPD pode alterar profundamente o cenário de políticas públicas no país.

Com a expectativa de que o projeto avance na Câmara dos Deputados, é fundamental que a sociedade civil, as organizações não governamentais e os cidadãos estejam atentos e engajados, garantindo que essa nova fonte de recursos se traduza em benefícios reais e palpáveis para as pessoas com deficiência. A mobilização e o acompanhamento das iniciativas impulsionadas pelo novo fundo serão essenciais para assegurar que os direitos se transformem em realidades, levando a um futuro mais inclusivo e justo para todos.

Continue Lendo

Recomendados

MAIS LIDAS

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x