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Mulheres Indígenas se reúnem em Brasília para conferência histórica

Mulheres Indígenas se Reúnem em Brasília para Conferência Histórica

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Mulheres Indígenas se Reúnem em Brasília para Conferência Histórica

Mais de 32 horas de viagem. Esse foi o tempo que a matriarca Pangroti Kayapó, de 60 anos, e sua neta Nhaikapep, de 22, levaram para chegar de São Félix do Xingu (AM) até Brasília (DF). O motivo da longa jornada foi a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, que teve início na noite de segunda-feira, 4 de agosto. O evento, que reúne vozes e experiências de mulheres indígenas de diferentes regiões do Brasil, tem como um de seus objetivos trazer à luz as dificuldades enfrentadas por essas comunidades.

Um Espaço de Denúncia e Resistência

Para Pangroti e Nhaikapep, a conferência representa uma chance de denunciar as consequências nefastas do garimpo ilegal, muito presente em suas terras ancestrais. “Pedimos proteção para nós, para nosso ambiente e nossa cultura”, traduziu Nhaikapep, ao expressar o sentimento de sua avó, que fala apenas seu idioma originário. Os rios Fresco, Iriri e Xingu, fundamentais para a subsistência de suas comunidades, estão contaminados por metais pesados, uma relação direta com a exploração ambiental na região.

A neta compartilhou a inquietude enfrentada pela comunidade, mesmo tendo o território demarcado. “Nos sentimos ameaçadas e afetadas”, disse Nhaikapep, ressaltando a vulnerabilidade que persiste, mesmo diante da proteção legal.

Participação das Ministras

Durante a abertura da conferência, espera-se que cerca de cinco mil mulheres indígenas compartilhem suas experiências e desafios. Para isso, cinco ministras de Estado estiveram presentes: Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Márcia Lopes (Mulheres), Margareth Menezes (Cultura) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).

As ministras discursaram sobre políticas de proteção aos direitos das mulheres indígenas, abordando também a controvérsia em torno do Projeto de Lei (PL) 2.159/21, que propõe uma flexibilização das regras para licenciamento ambiental no Brasil. Esse projeto, criticado por ambientalistas, passa a ser um tema central nas pautas de discussão durante a conferência.

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Aprovado pelo Congresso Nacional em 17 de julho, o PL aguarda agora a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Críticos temem que a proposta fragilize as já ameaçadas lutas dos indígenas em defesa da floresta, aumentando as dificuldades enfrentadas pelas mulheres da comunidade as quais já estão vulneráveis a situações de violência e desrespeito.

O Papel das Mulheres na Preservação Ambiental

Sônia Guajajara enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para apoiar as mulheres indígenas, afirmando que “ainda não aceitaram a nossa presença”. Em suas palavras, a luta por reconhecimento e proteção continua. “É dever do Estado desenvolver políticas públicas de proteção às mulheres indígenas”, disse, reconhecendo os retrocessos sociais e políticos que aumentam a vulnerabilidade das mulheres em terras indígenas.

A conferência propõe ainda a criação de um grupo de trabalho interministerial para fortalecer as políticas de proteção a essas mulheres. Joênia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), ressaltou a importância de incluir as necessidades de proteção das mulheres indígenas no planejamento orçamentário do Brasil.

Desafios e Destruição Ambiental

Em sua fala, a ministra Marina Silva apontou que o governo federal já atuou na desintrusão de invasores em oito terras indígenas nos últimos dois anos. No entanto, ela reconheceu que os desafios são “muito grandes” do ponto de vista ambiental. “Aquelas que menos destruíram são as mais prejudicadas”, referiu-se às mulheres indígenas.

Marina reforçou a importância de garantir que o estilo de vida indígena, que respeita e preserva a natureza, continue a existir. A ministra também não se esquivou de criticar líderes estrangeiros que não apoiam iniciativas ambientais brasileiras, citando os riscos das mudanças climáticas que ameaçam a vida no planeta.

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Ela ainda fez uma crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ao mencionar seu papel negativo nas demarcações de terras. A situação política e social, marcada por uma crescente pressão sobre os direitos indígenas, ressaltou a necessidade de um compromisso robusto da parte do governo.

A Luta Contra os Agrotóxicos

Entre as vozes presentes na conferência estava Soraya Kaingang, de 44 anos, que trouxe seus quatro filhos para Brasília após uma jornada de mais de 20 horas de Londrina (PR). Ela lamentou a exposição cada vez maior das crianças aos agrotóxicos utilizados por produtores em terras onde suas comunidades atuam. “A gente produz milho, mandioca e feijão, mas está difícil”, expressou Soraya, relembrando a importância de contar suas histórias e experiências.

Dessa forma, os desafios impostos pela agricultura extensiva e pelo uso indiscriminado de agrotóxicos se tornaram um tema de preocupação nas discussões da conferência, que busca não apenas um reconhecimento das lutas indígenas, mas também um chamado à ação para a proteção de direitos e a preservação ambiental.

Conclusão: A Importância da Conferência

A 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas não é apenas um evento de resistência cultural, mas uma plataforma vital para o fortalecimento da luta por direitos, reconhecimento e proteção das mulheres indígenas no Brasil. As histórias de Pangroti, Nhaikapep, e tantas outras mulheres refletem um chamado urgente por políticas públicas que garantam não apenas a sobrevivência cultural, mas também a preservação dos territórios e do meio ambiente.

Com a presença maciça de tais lideranças e a opinião pública movendo-se em direção a uma maior conscientização sobre essas questões, espera-se que os desdobramentos da conferência influenciem positivamente as políticas nacionais e contribuam para um futuro mais sustentável e justo para os povos indígenas.

Equipe responsável pela curadoria e publicação das principais notícias no Fórum 360. Nosso compromisso é informar com agilidade, clareza e responsabilidade.

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GDF intensifica ações de acolhimento à população em situação de rua

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Ações de Acolhimento no Plano de Ação para a População em Situação de Rua no DF

As equipes que fazem parte do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, do Governo do Distrito Federal (GDF), continuam suas atividades importantes destinadas a oferecer suporte a indivíduos em situação de vulnerabilidade. Neste último mês, as ações se concentraram em diversas regiões, incluindo o Plano Piloto, Paranoá e Ceilândia, com foco no acolhimento e na desocupação de estruturas precárias.

Ações e Resultados das Equipes

Acolhimento no Plano Piloto

Na terça-feira, 25 de setembro, as ações tiveram início no Setor Comercial Sul do Plano Piloto. Durante essa operação, as equipes encontraram e prestaram atendimento a 20 pessoas e removeram um caminhão de entulho, que foi encaminhado para a Unidade de Recolhimento de Entulho (URE). A operação visava não apenas oferecer ajuda, mas também desobstruir áreas que estavam sendo utilizadas como abrigos temporários e, muitas vezes, insalubres.

Intervenção no Paranoá

As atividades se concentraram na quinta-feira, 27 de setembro, em 13 pontos do Paranoá. As áreas atendidas incluíram locais próximos ao Paranoá Parque e à Praça do Coreto. Nessa ação, foram desconstituídas duas estruturas precárias, e 12 indivíduos foram acolhidos. Além disso, cinco caminhões de materiais inservíveis foram recolhidos e enviados à URE, ressaltando a importância da limpeza e organização urbana nessas localidades.

Ações em Ceilândia

Na sexta-feira, 28 de setembro, as operações foram direcionadas a três pontos específicos da Ceilândia: QNN 18, QNN 27 e QNN 35/27. Durante essa intervenção, as equipes conseguiram desconstituir cinco estruturas precárias, realizar o atendimento a quatro indivíduos e remover cinco caminhões de entulho. A atuação nas áreas da Ceilândia destaca a necessidade de um olhar cuidadoso e efetivo para as realidades da população em situação de rua.

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Conclusão das Atividades

A semana de ações foi encerrada no sábado, 29 de setembro, com atividades em seis pontos do Plano Piloto. As equipes estiveram presentes na SQN 304, 404, e outras áreas, onde desconstituíram três estruturas precárias e atenderam a dez pessoas. Três caminhões foram utilizados para a remoção de entulhos, indicando um esforço contínuo para melhorar as condições urbanas e sociais da região.

Política Distrital para a População em Situação de Rua

Iniciativas Inovadoras e Impactantes

O Governo do Distrito Federal se destacou ao adotar uma política pública para a população em situação de rua, especialmente após a suspensão das abordagens coercitivas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O plano, que começou a ser testado em maio de 2024, inicialmente atendeu cerca de 50 pessoas na Asa Sul e em Taguatinga, oferecendo uma variedade de serviços sociais.

No dia 27 de maio, o governo formalizou o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital, o que resultou em intervenções regulares em diversas regiões do DF, incluindo áreas como Vila Planalto, Taguatinga e Águas Claras. A estratégia visa não apenas atender a população de rua, mas também criar um ambiente mais seguro e acolhedor.

Programa Acolhe DF

Em julho, a vice-governadora Celina Leão anunciou o programa Acolhe DF, que visa atender especificamente pessoas com dependências químicas, como álcool e tabaco. O programa se propõe a integrar e ampliar as políticas já existentes e visa oferecer uma linha de cuidado mais próxima e personalizada para essa população vulnerável.

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Além disso, o GDF inaugurou o primeiro hotel social na capital, que conta com 200 vagas para pernoite, permitindo que as pessoas em situação de rua tenham um lugar seguro para dormir e também a opção de acomodar seus animais de estimação. Esta iniciativa simboliza um avanço significativo nas políticas de acolhimento e proteção destinadas a esse grupo.

Considerações Finais

A continuidade das ações do Plano de Ação para a População em Situação de Rua demonstra o compromisso do Governo do Distrito Federal em atender e cuidar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. As intervenções não só promovem o acolhimento como também buscam desestigmatizar a população em situação de rua, promovendo a reintegração social e a dignidade.

Para os cidadãos, é fundamental acompanhar essas iniciativas e apoiar cada esforço voltado para a construção de uma sociedade mais inclusiva. O sucesso do Plano de Ação depende da colaboração entre os órgãos públicos, a sociedade civil e a própria população em situação de rua, criando um círculo virtuoso de apoio e acolhimento.

As ações e os programas em curso no DF merecem atenção e valorização, uma vez que propõem um modelo que pode inspirar outras regiões e Estados do país a adotar políticas semelhantes. Com um olhar voltado para o futuro, é imperativo que as melhores práticas de acolhimento e reintegração sejam cada vez mais difundidas e aperfeiçoadas.

Com informações da Agência Brasília.

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Brasília

Ciclo Consciente Lixo Zero discute gestão de resíduos em Brasília

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Brasília Sedia Encontro Sobre Gestão de Resíduos e Economia Circular

Nos dias 3 e 4 de dezembro, Brasília se tornará o centro de um importante encontro que reunirá representantes de diversas regiões do Brasil para discutir estratégias mais eficazes na gestão de resíduos e no fortalecimento da economia circular. O evento, intitulado Ciclo Consciente de Boas Práticas Lixo Zero, será realizado no Instituto Federal de Brasília (IFB) e contará com a supervisão técnica do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU). A iniciativa é coordenada pelo Instituto Desponta Brasil, em parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil.

Contexto da Gestão de Resíduos no Distrito Federal

A realização do Ciclo Consciente acontece em um contexto que demanda uma atenção redobrada às políticas de gestão de resíduos sólidos. Dados da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e do Plano Distrital de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos revelam que, em média, cada cidadão do Distrito Federal produz 0,94 kg de resíduos diariamente. Contudo, alarmantes 12,4% desse total são reciclados. Além disso, cerca de 56% do que vai para os aterros é composto por resíduos orgânicos.

Estes números sublinham a urgentíssima necessidade de ampliar campanhas educativas e de fomentar práticas que visem à redução do desperdício e ao reaproveitamento de materiais, fundamentais para a construção de um futuro sustentável.

Compromisso com a Sustentabilidade

“A gestão dos resíduos é um desafio que envolve cidadania, responsabilidade social e planejamento. Brasília tem buscado aprimorar suas ações e valorizar o trabalho das cooperativas, educadores e das instituições que atuam na área. O Ciclo Consciente fortalece esse caminho ao trazer conhecimento, participação e reconhecimento”, disse a vice-governadora do DF, Celina Leão.

Para Luiz Felipe Cardoso, presidente do SLU, o evento é uma oportunidade única para alinhar conhecimentos técnicos e a responsabilidade coletiva. “Os desafios ambientais mudam rapidamente e exigem respostas eficientes. Eventos como este criam espaços de troca que fortalecem políticas públicas e ajudam a transformar hábitos”, afirmou.

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Eixos Temáticos do Encontro

Os dois dias de atividades do Ciclo Consciente estão estruturados em três eixos principais: Educar, Conectar e Reconhecer.

Primeiro Dia: Foco em Educação Ambiental

No primeiro dia, os participantes poderão conhecer projetos e experiências do Distrito Federal com foco em educação ambiental, reuso, reciclagem, e as novas tendências da agenda Lixo Zero. As discussões incluirão não apenas reflexões sobre a situação local, mas também ações que podem ajudar a mudar o panorama.

Segundo Dia: Abordagem Nacional

O segundo dia terá uma abordagem mais abrangente, com iniciativas selecionadas por meio de uma chamada pública. A programação incluirá debates sobre políticas públicas, compostagem e soluções sustentáveis adotadas em diferentes regiões do Brasil, permitindo uma troca valiosa de experiências.

Oficinas Práticas para Aprendizado Ativo

O Ciclo Consciente não se restringe a palestras e debates; o evento também oferecerá oficinas práticas. Entre as atividades programadas estão:

  • Eco Criativo
  • Madeiras Plásticas
  • Upcycling
  • Musicalização Ambiental

Essas oficinas têm como objetivo demonstrar processos que estimulem a criatividade, o reaproveitamento e a conscientização ambiental, reforçando a importância da ação individual em prol do coletivo.

Cerimônia de Premiação Lixo Zero 2025

O evento culminará com a Premiação Lixo Zero 2025, que ocorrerá na noite de 4 de dezembro, no Arena BRB Mané Garrincha. A cerimônia homenageará iniciativas que têm contribuído significativamente para o avanço da sustentabilidade, reconhecendo cooperativas, instituições públicas, educadores e empreendedores inovadores.

Kadmo Côrtes, presidente do Instituto Desponta Brasil, destacou que a edição deste ano consolida uma trajetória de iniciativas voltadas ao fortalecimento da economia circular. “O Ciclo Consciente reúne pessoas e instituições que acreditam no poder transformador das boas práticas. Ao promover o intercâmbio de experiências, abrimos caminho para soluções mais amplas e duradouras”, afirmou.

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Edições Anteriores e o Progresso no DF

Desde 2018, o Ciclo Consciente faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Instituto Desponta Brasil em parceria com o governo local. A partir do 1º Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, o instituto tem promovido eventos que discutem modelos inovadores de gestão de resíduos. As edições de 2020 e 2022 destacaram-se pela mobilização de comunidades e escolas em atividades educativas voltadas ao consumo consciente.

Com o histórico de eventos, a edição 2025 traz inovações, incluindo oficinas práticas e novos formatos de apresentação, reforçando a posição do Distrito Federal como um território de inovação em políticas públicas ambientais.

Conclusão: O Futuro da Gestão de Resíduos

O Ciclo Consciente de Boas Práticas Lixo Zero representa uma oportunidade para discutir e implementar melhorias na gestão de resíduos, fundamental para um futuro mais sustentável. É um espaço de aprendizado e colaboração que visa não apenas informar, mas também transformar a maneira como a sociedade lida com o lixo.

Com a crescente necessidade de ações concretas na gestão de resíduos, eventos como este são cruciais para fomentar mudanças de comportamento entre cidadãos e instituições. É a responsabilidade coletiva que garantirá um amanhã mais sustentável para todos.


Ciclo Consciente de Boas Práticas Lixo Zero

  • Data: 3 e 4 de dezembro
  • Horário: das 9h às 17h
  • Local: IFB – Campus Brasília (SGAN 610)
  • Inscrições: via formulário online

Premiação Lixo Zero 2025

  • Data: 4 de dezembro
  • Hora: 19h30
  • Local: Arena BRB Mané Garrincha – Espaço Cobogó

Com informações da Vice-Governadoria do Distrito Federal (VGDF)

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Brasília

Aprova DF: inscrições abertas para cursos gratuitos de preparação

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Oportunidade e Inclusão: O Projeto Aprova DF e Suas Novas Etapas

Abertura de Inscrições

Nesta semana, o projeto Aprova DF anunciou a abertura de inscrições para um novo ciclo de preparações gratuitas voltadas a candidatos de nível médio e superior. Este projeto, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) em parceria com a Associação Cresce-DF, tem se consolidado como um dos maiores programas de capacitação do Brasil. Desde sua criação em julho do ano passado, mais de 250 mil participantes já se inscreveram nas atividades.

As inscrições para a primeira aula podem ser realizadas até o dia 13 de dezembro, tanto pelo site aprovadf.com.br quanto no local das aulas, que ocorrerão no Edifício Oscar Alvarenga, localizado na Quadra 3 do Setor Comercial Sul. Para as aulas subsequentes, as inscrições estarão abertas na semana anterior à realização das classes de fim de semana.

Objetivos do Aprova DF

O objetivo central do Aprova DF é democratizar o acesso à educação e garantir que aqueles que não têm condições financeiras de custear cursinhos preparatórios tenham a oportunidade de estudar com qualidade. As aulas serão ministradas por professores experientes e reconhecidos em Brasília. O projeto promete continuidade, com suas atividades se estendendo até 13 de dezembro de 2026.

Estrutura das Aulas

As aulas ocorrerão todos os fins de semana, das 8h às 17h, no mesmo local mencionado anteriormente. Os participantes receberão apostilas, kits de lanche e material escolar, assegurando condições adequadas para o aprendizado.

Disciplinas Oferecidas

A grade curricular inclui disciplinas fundamentais para a preparação em concursos, como:

  • Português
  • Matemática
  • Redação
  • Raciocínio Lógico
  • Atualidades

Além dessas matérias, conteúdos frequentemente cobrados em certames públicos, como Direito Administrativo e Direito Constitucional, serão integrados ao programa. Novas matérias, incluindo a Lei Orgânica do DF, também serão acrescentadas, além de novos educadores de instituições renomadas.

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Transformação através da Educação

O impacto do Aprova DF é claramente visível nas histórias dos alunos. Maria Aparecida Santos, de 41 anos, residente do Gama, é um exemplo inspirador. Trabalhando como auxiliar de serviços gerais durante a semana, Maria conheceu o projeto em setembro do último ano. Inicialmente, não via a possibilidade de prestar concursos, mas ao participar das aulas, suas expectativas mudaram. Em seu primeiro certame, ela ficou a apenas seis pontos de conseguir uma vaga direta.

“Aprendi muito aqui e essa experiência me mostrou que o concurso público também pode ser uma realidade para mim. Com a ajuda dos professores dedicados, percebi que tenho potencial. Estou determinada a entrar em um concurso público, pois o Aprova tem sido fundamental para isso”, declara Maria.

A História de Édipo Batista

Outra história marcante é a de Édipo Batista, 29 anos, um atleta de basquete em cadeira de rodas, morador do Riacho Fundo II. Ele começou a participar do Aprova DF em novembro do ano passado e salienta que o projeto abriu portas que antes pareciam inalcançáveis. “Meu sonho de ser servidor público parecia distante, especialmente porque não poderia bancar um curso preparatório. A qualidade do Aprova, que é oferecido gratuitamente, realmente faz a diferença na minha vida. Além disso, estou fazendo novos amigos que têm sido essenciais na busca por meu objetivo”, afirma Édipo.

A Voz dos Professores

Ingrid Santos, professora de Direito Administrativo e participante de edições anteriores do programa, ressalta o impacto positivo do Aprova DF em suas aulas. “Os alunos chegam com grandes lacunas de conhecimento, mas carregam uma vontade imensa de mudar de vida. Muitos deles nunca tiveram a oportunidade de estudar devido à falta de recursos. Aqui, eles têm acesso a essa chance. Participar deste projeto é extremamente gratificante e oferece uma transformação real nas vidas dessas pessoas”, conclui Ingrid.

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A Importância do Projeto para a Comunidade

De acordo com Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania, o Aprova DF exerce uma função social essencial ao eliminar barreiras e expandir horizontes. “Este projeto transcende a preparação acadêmica. Ele demonstra que, quando o governo investe nas pessoas, vidas são transformadas. O Aprova DF oferece esperança, cria oportunidades reais e abre caminho para aqueles que sonham com uma carreira pública, mas não sabiam por onde começar”, enfatiza Passamani.

Eduardo Campos, presidente da Associação Cresce-DF, reforça o impacto positivo da iniciativa na sociedade. “O Aprova DF serve como um divisor de águas para muitas pessoas. Ele não apenas oferece preparação, mas também acolhimento e a certeza de que todos têm o direito de sonhar e realizar seus objetivos”, conclui.

O projeto Aprova DF representa uma oportunidade significativa para milhares de pessoas no Distrito Federal que buscam ingressar no serviço público. Ao oferecer educação de qualidade e gratuita, a iniciativa não apenas capacita os alunos, mas transforma suas vidas e seus contextos sociais. Com o compromisso de ampliar o acesso à educação e a novos horizontes, o Aprova DF se reafirma como uma luz de esperança para aqueles que, antes, se viam sem opções. As inscrições estão abertas até 13 de dezembro; portanto, essa é uma chance que não deve ser desperdiçada para quem deseja conquistar um futuro melhor através da educação.

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