Saúde
Tadalafila: para que serve, como age e riscos do uso indevido

Anvisa proíbe bala Metbala com tadalafila; especialistas alertam para riscos do uso sem prescrição médica
A tadalafila, medicamento indicado para disfunção erétil, hiperplasia prostática benigna e hipertensão pulmonar, ganhou destaque após a Anvisa proibir a bala Metbala, que continha a substância sem registro. Especialistas alertam para os perigos do uso recreativo e sem orientação médica.
O que é a tadalafila e para que serve?
A tadalafila é um medicamento que pertence à classe dos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Sua principal função é relaxar os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue em determinadas regiões do corpo. É amplamente utilizada no tratamento da disfunção erétil, permitindo que homens com dificuldades de ereção consigam manter relações sexuais satisfatórias.
Além disso, a tadalafila é indicada para tratar a hiperplasia prostática benigna (HPB), aliviando sintomas como jato urinário fraco e necessidade frequente de urinar. Outra aplicação é no tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), ajudando a melhorar a capacidade funcional em pacientes com pressão elevada nas artérias pulmonares.
Popularidade e riscos do uso indevido
Nos últimos anos, a tadalafila se tornou um dos medicamentos mais vendidos no Brasil. Segundo dados da Anvisa, as vendas passaram de 21,4 milhões de caixas em 2020 para 47,2 milhões em 2023. Esse aumento está relacionado, em parte, à popularização do uso recreativo da substância, muitas vezes incentivado por músicas e conteúdos nas redes sociais.
Especialistas alertam que o uso da tadalafila sem prescrição médica pode mascarar problemas de saúde subjacentes e levar a efeitos colaterais graves. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) destaca que a automedicação com esse tipo de medicamento representa um risco significativo à saúde pública.
Uso nas academias e o mito do ganho muscular
Uma tendência preocupante é o uso da tadalafila por frequentadores de academias como um suposto aliado no ganho de massa muscular. A teoria é que o aumento do fluxo sanguíneo proporcionado pelo medicamento poderia melhorar o desempenho nos treinos e acelerar a hipertrofia muscular.
No entanto, não há evidências científicas que sustentem essa prática. Médicos e especialistas em medicina esportiva alertam que o uso da tadalafila com essa finalidade é inadequado e pode trazer riscos à saúde, como queda de pressão arterial, taquicardia e outros efeitos adversos.BBC
Efeitos adversos e contraindicações
O uso da tadalafila pode causar diversos efeitos colaterais, que variam de leves a graves. Entre os mais comuns estão dor de cabeça, dor nas costas, rubor facial, dores musculares, congestão nasal e indigestão.Estado de Minas
Em casos mais graves, podem ocorrer priapismo (ereção prolongada e dolorosa), perda de audição ou visão, queda significativa da pressão arterial e eventos cardiovasculares como infarto e AVC.BBC
A tadalafila é contraindicada para pacientes que utilizam nitratos (medicamentos para angina), indivíduos com doenças cardíacas que contraindiquem atividade sexual e pessoas com hipersensibilidade à substância.
Prescrição obrigatória e risco de dependência psicológica
A tadalafila é um medicamento de tarja vermelha, ou seja, sua venda é permitida apenas com prescrição médica. O uso sem orientação profissional pode levar à dependência psicológica, onde o indivíduo acredita que só pode ter desempenho sexual satisfatório com o uso do medicamento.
Além disso, o uso indiscriminado pode atrasar o diagnóstico de outras condições médicas que estejam causando a disfunção erétil, como diabetes ou problemas cardiovasculares.
Considerações finais
A proibição da bala Metbala pela Anvisa destaca a importância da regulamentação e do uso responsável de medicamentos como a tadalafila. É essencial que os consumidores estejam cientes dos riscos associados ao uso indevido e busquem orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento.
A automedicação pode trazer consequências graves à saúde. Portanto, é fundamental seguir as orientações de profissionais de saúde e utilizar medicamentos apenas quando devidamente prescritos.
Esportes
Triathlon cresce no Brasil e vira tendência em 2025

Modalidade que une natação, ciclismo e corrida atrai jovens e ganha destaque no esporte e na cultura pop.
O Triathlon voltou a crescer em 2025 e já movimenta milhares de atletas no Brasil e no mundo; com provas exigentes, o esporte se tornou símbolo de superação e estilo de vida entre jovens de 20 a 39 anos.
Triathlon: o esporte que combina esforço, rotina e propósito
Acordar cedo, nadar, pedalar e correr — tudo em sequência — virou um novo estilo de vida para muitos brasileiros. O Triathlon, que une essas três modalidades, passou de prática de nicho a fenômeno de bem-estar físico e mental.
A versão mais conhecida, o Ironman, desafia atletas com 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. E ainda assim, o número de inscritos segue em alta.
2025 confirma retomada e novo pico da modalidade
Após quedas durante a pandemia, o triathlon deu sinais claros de recuperação em 2023 e 2024. Agora, em 2025, os organizadores estimam mais de 60 mil atletas participando de provas oficiais, apenas na franquia Ironman.
O Mundial de Triathlon de 2025, novamente na Europa, superou a marca de 6 mil inscritos — um novo recorde, com crescimento de mais de 10% em relação ao ano anterior.
Nos Estados Unidos, o número de membros ativos da USA Triathlon ultrapassou os 320 mil, puxado pela geração de jovens adultos que busca mais do que condicionamento: quer propósito.
Presença em novelas e redes sociais amplia visibilidade
O triathlon passou a fazer parte do repertório pop brasileiro. Em 2025, o personagem Afonso Roitman, da novela Vale Tudo (Globo), é triatleta e usa o esporte para se desafiar e reencontrar o equilíbrio emocional.
Nas redes, o tema aparece com frequência entre influenciadores fitness e profissionais de alta performance, reforçando a imagem do triatlo como um estilo de vida disciplinado e aspiracional.
Motivações vão além da saúde física
Mais do que um esporte, o Triathlon virou ferramenta de transformação pessoal. A exigência dos treinos, a conexão com outros atletas e o foco mental têm sido citados como formas de autocuidado e enfrentamento do estresse.
A modalidade também se consolidou como espaço de networking, troca de experiências e até construção de autoridade para profissionais de diversas áreas.
Triathlon no Brasil: tendência para 2025 e além
Com provas cada vez mais acessíveis, clubes especializados e uma comunidade ativa nas redes, o Brasil deve ver o número de praticantes crescer ainda mais nos próximos anos.
Seja em versões menores ou nos desafios como o Ironman, o Triathlon representa, para muitos, mais do que esporte: é uma forma de viver com disciplina, clareza e propósito.
Saúde
Inteligência Artificial poderá curar todas as doenças em dez anos, diz Nobel de Química
A Inteligência Artificial pode revolucionar a medicina! Descubra como ela promete curar doenças em apenas dez anos, segundo um Nobel de Química.

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Demis Hassabis, cofundador da Google DeepMind e Prêmio Nobel de Química, acredita que nos próximos dez anos, a inteligência artificial pode ajudar a curar todas as doenças. Em uma entrevista no programa 60 Minutes, ele discutiu como sua tecnologia, AlphaFold2, pode revolucionar a descoberta de medicamentos. Embora alguns especialistas tenham suas dúvidas, muitos concordam que a IA pode mudar o futuro da saúde de maneiras ainda inimagináveis. É uma conversa empolgante sobre as possibilidades que estão se formando à medida que a tecnologia avança.
- Demis Hassabis acredita que a IA pode curar todas as doenças em dez anos.
- A IA AlphaFold2 pode prever a estrutura de proteínas importantes.
- Desenvolver medicamentos pode ser mais rápido com a ajuda da IA.
- Diagnósticos médicos ainda precisam da experiência humana.
- A IA atua como uma “caixa preta” e suas decisões são difíceis de entender.
O Futuro da Medicina: A Revolução da Inteligência Artificial
Nos próximos anos, Demis Hassabis, cofundador e CEO da Google DeepMind, está otimista quanto ao papel da inteligência artificial (IA) na medicina. Ele acredita que, em uma década, a IA pode ajudar a curar várias doenças. Essa ideia surgiu durante uma conversa no programa 60 Minutes da CBS News, onde compartilhou suas visões sobre o futuro da saúde.
A Nova Era da Descoberta de Medicamentos
Junto com seu colega, John M. Jumper, Hassabis desenvolveu um modelo de IA chamado AlphaFold2. Esse sistema é revolucionário porque pode prever as estruturas de quase todas as 200 milhões de proteínas conhecidas. As proteínas são essenciais para várias funções do corpo, e problemas em sua estrutura podem levar a doenças. Por essa inovação, a dupla foi agraciada com o Prêmio Nobel de Química em 2024.
Hassabis mencionou que a IA pode acelerar o desenvolvimento de medicamentos, reduzindo o tempo necessário para semanas ou meses. Ele acredita que, com a ajuda da IA, é possível que, um dia, todas as doenças sejam tratáveis. Quando questionado sobre isso, confirmou que isso pode estar ao nosso alcance em breve.
O Desafio das Proteínas
A bioquímica Katharina Zweig, que dirige o Algorithm Accountability Lab na Alemanha, destacou que, embora seja possível estimar a função de algumas proteínas a partir de sua estrutura, ainda há muito a descobrir. A maioria das proteínas do corpo humano permanece um mistério. Ela explicou que mudanças na estrutura das proteínas podem causar doenças, e a IA pode ajudar a desenvolver medicamentos para impedir essas alterações.
Identificar uma única estrutura molecular antes levava anos de pesquisa. Contudo, com a IA de Hassabis, esse processo se torna mais ágil. Zweig considera essa tecnologia uma verdadeira revolução no campo da medicina.
O Papel das Proteínas nas Doenças
O pesquisador Florian Geissler, do Instituto Fraunhofer de Sistemas Cognitivos, também comentou sobre a importância das proteínas nas doenças. Ele ressaltou que, embora as causas das doenças sejam complexas e raramente reduzidas a um único fator, as proteínas desempenham um papel significativo. A IA, segundo ele, abrirá portas para descobertas que hoje parecem impossíveis.
Limitações e Realidades
Apesar do otimismo, Zweig alertou que não será fácil curar todas as doenças em apenas dez anos. A relação entre proteínas e doenças ainda não é totalmente compreendida. Mesmo que se saiba qual proteína está relacionada a uma doença, o processo até que um medicamento esteja disponível no mercado é longo e complicado. Estudos clínicos são necessários, e isso exige tempo e recursos.
IA e Diagnósticos Médicos
A IA já está sendo utilizada em diagnósticos médicos, especialmente em tomografias computadorizadas. Geissler explicou que a IA pode detectar rapidamente alterações patológicas, aliviando a carga sobre o sistema de saúde. Além disso, a IA pode automatizar tarefas como a elaboração de relatórios e resumos de consultas, tornando o trabalho dos profissionais de saúde mais eficiente.
A Necessidade do Julgamento Humano
Apesar das inovações, a maioria dos diagnósticos médicos ainda depende do julgamento humano. Zweig mencionou que não existem sistemas de IA que possam substituir completamente os médicos, pois muitos diagnósticos requerem experiência e discernimento. Geissler concordou, afirmando que, por razões éticas e legais, as decisões sobre tratamentos continuarão a ser responsabilidade dos profissionais de saúde.
A Caixa Preta da IA
Uma das preocupações atuais é que os sistemas de IA funcionam como uma “caixa preta”. Isso significa que, enquanto podem fornecer respostas, não é sempre claro como essas decisões foram tomadas. Zweig enfatizou que não temos como observar o processo de aprendizado da IA, levantando questões sobre a confiabilidade de suas conclusões.
O Caminho à Frente
A conversa sobre o futuro da medicina com a IA é animadora, mas também traz muitos desafios. A tecnologia pode transformar a forma como entendemos e tratamos doenças, mas a colaboração entre humanos e máquinas será fundamental. Ambos os especialistas concordam que, embora a IA tenha um enorme potencial, a experiência e o julgamento humano ainda são insubstituíveis.
Saúde
Trotes ao Samu em Santos caem, mas ainda ocupam 80% das ligações recebidas
Descubra por que as chamadas ao Samu em Santos caíram, mas ainda representam 80% do total. O que isso revela sobre a saúde na cidade? Venha

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Em Santos, mesmo com a queda nos trotes ao Samu no primeiro trimestre, o número ainda é preocupante. O serviço recebe cerca de 18 ligações falsas por dia, comprometendo o atendimento a quem realmente precisa. O secretário de Saúde, Fábio Lopez, alertou que esses trotes são um desperdício de recursos e podem atrasar o socorro a emergências reais. Saiba como essa situação está impactando a cidade e o que as autoridades estão fazendo para resolver o problema.
- O número de trotes ao Samu em Santos caiu no primeiro trimestre.
- Samu recebe cerca de 18 ligações falsas por dia.
- Aproximadamente 80% das chamadas ao Samu são desnecessárias.
- Trotes atrapalham o atendimento a quem realmente precisa.
- Chamadas falsas são crime e têm penalidades legais.
Queda de Trotes no Samu de Santos: Uma Nova Perspectiva
A Situação Atual do Samu em Santos
No litoral de São Paulo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enfrenta um desafio constante com as ligações falsas. Embora os números tenham mostrado uma leve redução no primeiro trimestre deste ano, o problema ainda é bastante preocupante. Em média, são recebidas cerca de 18 chamadas falsas por dia, representando aproximadamente 7% do total de chamadas.
O Impacto das Ligações Falsas
De acordo com a Prefeitura de Santos, essas chamadas desnecessárias não apenas atrapalham o trabalho da equipe, mas também atrasam o atendimento a quem realmente necessita de ajuda. O secretário de Saúde, Fábio Lopez, comentou sobre a gravidade do problema, enfatizando que cada trote pode significar que uma pessoa em situação de emergência fique esperando mais tempo pelo socorro.
Estatísticas que Falam
- Janeiro: 10,2% das chamadas foram identificadas como trotes.
- Fevereiro: 570 trotes, representando 8,47% do total de 6.230 atendimentos.
- Março: 546 trotes, correspondendo a 7,51% de 6.523 chamados atendidos.
Esses números, apesar de mostrarem uma tendência de queda, ainda são considerados altos pelas autoridades.
O Processo de Atendimento
Quando alguém liga para o 192, a chamada é inicialmente atendida por um técnico auxiliar que coleta informações básicas. Após isso, a ligação é transferida para um médico regulador, que verifica a veracidade da chamada e classifica a urgência. As prioridades são definidas em cinco códigos:
- Vermelho: Ambulâncias em até 15 minutos.
- Laranja: Atendimento em até 30 minutos.
- Amarelo: Até 60 minutos.
- Verde: Até 120 minutos.
- Azul: Acima de quatro horas.
O Trabalho do Núcleo de Educação Permanente
Marcelo Ismail, coordenador do Samu, acredita que o trabalho do Núcleo de Educação Permanente (NEP) está ajudando a diminuir as ligações falsas, especialmente aquelas feitas por crianças. No entanto, ele também notou que ainda existem chamadas de pessoas que buscam atenção durante a madrugada.
Consequências Legais dos Trotes
É importante ressaltar que fazer um trote é considerado um crime segundo o Código Penal brasileiro. Para adultos, a pena pode variar de um a seis meses de detenção. Já para os menores, a situação é tratada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pode resultar em internação em uma instituição adequada.
A Necessidade de Conscientização
Diante desse cenário, a administração municipal está buscando maneiras de conscientizar a população sobre a seriedade do uso do Samu. É vital que as pessoas entendam que cada chamada falsa pode prejudicar alguém que realmente precisa de ajuda.
O Que Pode Ser Feito?
- Campanhas de Conscientização: A Prefeitura poderia iniciar campanhas educativas para esclarecer a população sobre a importância do uso responsável do Samu.
- Treinamento para Profissionais: Continuar a capacitação dos profissionais que atendem as chamadas, garantindo que possam identificar rapidamente trotes.
- Apoio Psicológico: Oferecer suporte para aqueles que fazem trotes por motivos de solidão ou busca de atenção.
O Futuro do Samu em Santos
A equipe do Samu em Santos trabalha arduamente para melhorar o atendimento e reduzir as chamadas falsas. É um esforço que envolve não apenas os profissionais de saúde, mas também toda a comunidade. Com a colaboração de todos, é possível tornar o serviço mais eficiente e garantir que aqueles que realmente precisam de ajuda recebam o atendimento necessário em tempo hábil.
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