Tecnologia
Escola substitui professores por inteligência artificial

Alpha School, no Texas, adotou tutores de IA no lugar de professores e seus alunos estão entre os 2% com melhor desempenho nos EUA.
Uma escola particular dos Estados Unidos chamou atenção ao adotar um modelo de ensino inovador: a Alpha School, no Texas, trocou todos os professores por inteligência artificial. Com um sistema de tutoria personalizado por IA, os estudantes alcançaram resultados entre os melhores do país, impulsionando o debate global sobre o futuro da educação.
Uma escola trocou todos os professores por IA
A Alpha School, localizada no estado do Texas, adotou uma abordagem pioneira na educação ao substituir os professores tradicionais por tutores de inteligência artificial. A proposta da escola é que cada aluno tenha um tutor virtual que acompanha seu desempenho individual e adapta, em tempo real, o plano de estudos conforme as necessidades de aprendizado.
O sistema utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para monitorar o progresso do aluno diariamente, ajustando automaticamente o nível de dificuldade das tarefas, o formato dos conteúdos e os tipos de avaliação. Além disso, a IA interage com os estudantes por meio de interfaces conversacionais, oferecendo explicações detalhadas, exemplos práticos e estímulos constantes à autonomia e ao raciocínio crítico.
Esse modelo educacional foi desenvolvido com base em pesquisas neuroeducacionais e princípios da pedagogia adaptativa, buscando tornar o processo de aprendizagem mais efetivo, envolvente e centrado no aluno.
Resultados colocam escola entre as melhores dos EUA
Os resultados da Alpha School surpreenderam educadores e pesquisadores. Os estudantes da instituição estão agora entre os 2% com melhor desempenho acadêmico dos Estados Unidos, com notas acima das médias estadual e nacional no SAT, exame equivalente ao ENEM americano.
Além do desempenho acadêmico, indicadores como participação nas atividades, engajamento nas avaliações e habilidades socioemocionais também apresentaram melhora. Os responsáveis pela escola afirmam que a IA ajudou a reduzir significativamente a evasão escolar, ao adaptar o ensino à realidade de cada aluno.
“Quando a experiência de aprendizado respeita o tempo e o estilo de cada estudante, os resultados vêm naturalmente”, afirmou Lisa Reed, coordenadora de inovação da Alpha School.
Uso da IA se expande para outros países
A experiência norte-americana não é isolada. Nos Emirados Árabes Unidos, o uso de inteligência artificial em sala de aula já é obrigatório. Desde 2021, escolas públicas e privadas do país passaram a adotar sistemas baseados em IA para personalizar trilhas de aprendizado, automatizar tarefas administrativas e até acompanhar aspectos comportamentais dos alunos.
Na China, o governo investe fortemente na integração de tecnologias educacionais em escolas de ensino básico e médio. Softwares de reconhecimento facial, rastreamento ocular e análise de desempenho acadêmico são usados para criar perfis completos dos estudantes e propor intervenções em tempo real. Por lá, grandes plataformas como Alibaba e Tencent estão desenvolvendo soluções próprias para educação automatizada.
A tendência global é clara: a tecnologia está deixando de ser apenas um suporte para o professor e se tornando parte central da estrutura pedagógica.
Críticas ao modelo e desafios éticos
Apesar dos avanços, a substituição de professores por inteligência artificial gera controvérsias. Especialistas alertam para riscos como a coleta de dados sensíveis dos alunos, dependência excessiva da tecnologia e a possível perda de empregos para profissionais da educação.
Há também preocupações sobre a padronização do ensino e o enfraquecimento do senso crítico dos estudantes. “Nenhuma máquina consegue substituir o olhar humano para detectar questões emocionais, familiares ou sociais que afetam diretamente o aprendizado”, ressalta o professor e pesquisador brasileiro João Freitas.
Outro ponto de debate é a concentração de dados nas mãos de empresas privadas, o que levanta dúvidas sobre a segurança das informações e a soberania educacional dos países que adotam esses sistemas.
Além disso, professores em todo o mundo demonstram receio de que a expansão dessas tecnologias leve à desvalorização do trabalho docente. Organizações internacionais como a Unesco defendem uma integração equilibrada entre tecnologia e ensino humano, priorizando sempre a mediação pedagógica qualificada.
Crescimento do mercado EdTech
A mudança da Alpha School acontece em um cenário de forte expansão do mercado de tecnologia educacional. Em 2023, o setor de EdTech foi avaliado em US$ 163 bilhões. A expectativa é que esse valor alcance quase US$ 550 bilhões até 2033, impulsionado pela automação, personalização do ensino e plataformas baseadas em inteligência artificial.
Esse crescimento acelerado reflete a busca por soluções escaláveis e eficazes diante dos desafios da educação tradicional, como a falta de professores, a desigualdade de acesso e a evasão escolar. Startups, grandes empresas de tecnologia e instituições de ensino estão investindo em plataformas de aprendizado adaptativo, realidade aumentada, análise de dados educacionais e ensino gamificado.
Embora ainda existam muitas incertezas sobre o equilíbrio ideal entre tecnologia e presença humana na educação, é inegável que a inteligência artificial já está redesenhando o modelo escolar tradicional — e isso é só o começo.
Educação
Como a IA está revolucionando a faculdade

A inteligência artificial transforma o ensino superior, impactando alunos e professores com novas ferramentas e desafios.
A inteligência artificial está revolucionando a faculdade, alterando profundamente a dinâmica entre alunos e professores. Desde a personalização do aprendizado até a automação de tarefas administrativas, a IA está redefinindo o ensino superior, trazendo benefícios e desafios que moldam o futuro da educação.
A Ascensão da Inteligência Artificial no Ensino Superior
Nos últimos anos, a presença da inteligência artificial (IA) nas universidades tem crescido exponencialmente. Ferramentas como o ChatGPT tornaram-se comuns entre estudantes e professores, oferecendo desde auxílio na redação de trabalhos até a correção automatizada de avaliações. Segundo dados da OpenAI, quase 90% dos universitários já utilizavam o ChatGPT para tarefas acadêmicas apenas dois meses após seu lançamento.
Essa rápida adoção levanta questões sobre a integridade acadêmica e o papel tradicional do educador. Enquanto alguns veem a IA como uma ameaça, outros a consideram uma aliada poderosa na transformação do ensino superior.
Benefícios da IA para Estudantes
Personalização do Aprendizado
A IA permite a criação de trilhas de aprendizado personalizadas, adaptando o conteúdo às necessidades individuais de cada aluno. Plataformas adaptativas analisam o desempenho dos estudantes e ajustam as atividades conforme suas dificuldades e progressos, promovendo um aprendizado mais eficaz e engajador.
Acessibilidade e Inclusão
Ferramentas baseadas em IA, como leitores de tela e tradutores automáticos, ampliam o acesso à educação para alunos com necessidades especiais ou que enfrentam barreiras linguísticas. Isso contribui para um ambiente educacional mais inclusivo e equitativo.
Suporte Contínuo
Chatbots e assistentes virtuais oferecem suporte 24 horas por dia, respondendo dúvidas e fornecendo recursos adicionais. Essa disponibilidade constante auxilia os alunos a manterem o ritmo de estudo e a superarem obstáculos de forma autônoma.
Impactos da IA na Prática Docente
Automação de Tarefas Administrativas
A IA automatiza tarefas repetitivas, como correção de provas e organização de registros acadêmicos, liberando os professores para se concentrarem em atividades pedagógicas mais estratégicas e no acompanhamento individualizado dos alunos.
Análise de Desempenho
Ferramentas de IA fornecem análises detalhadas sobre o desempenho dos estudantes, permitindo que os educadores identifiquem rapidamente áreas que necessitam de intervenção e ajustem suas estratégias de ensino de forma mais eficaz.
Desenvolvimento de Conteúdo
A IA auxilia na criação de materiais didáticos personalizados, adaptando o conteúdo às necessidades específicas das turmas. Isso possibilita um ensino mais dinâmico e alinhado com os objetivos de aprendizagem.
Desafios e Considerações Éticas
Apesar dos benefícios, a integração da IA na educação superior apresenta desafios significativos. Questões relacionadas à privacidade dos dados dos alunos, viés algorítmico e dependência excessiva da tecnologia requerem atenção e regulamentação adequada.
Além disso, é fundamental garantir que a IA seja utilizada como uma ferramenta complementar, preservando o papel essencial do educador e promovendo o desenvolvimento de habilidades críticas e criativas nos estudantes.
O Futuro da Educação Superior com IA
A tendência é que a presença da inteligência artificial nas universidades continue a crescer, impulsionando inovações no processo de ensino-aprendizagem. Espera-se que a IA contribua para a criação de ambientes educacionais mais personalizados, inclusivos e eficientes.
No entanto, para que essa transformação seja bem-sucedida, é necessário um esforço conjunto de educadores, gestores e formuladores de políticas públicas para estabelecer diretrizes claras e éticas para o uso da IA na educação.
Mundo
Janja critica TikTok e gera desconforto com a China

Durante jantar com Xi Jinping, Janja criticou o TikTok por suposta influência política, causando mal-estar diplomático.
Janja critica TikTok durante jantar oficial com o presidente da China, Xi Jinping, e gera mal-estar entre diplomatas brasileiros e autoridades chinesas. A primeira-dama afirmou que o algoritmo da rede social favorece conteúdos de extrema-direita no Brasil, em uma fala considerada fora de tom pela comitiva. O episódio, que não estava na pauta oficial, vazou para a imprensa e irritou o presidente Lula, que saiu em defesa da esposa.
O episódio que surpreendeu a diplomacia
O jantar entre as delegações do Brasil e da China, realizado na última semana em Pequim, foi marcado por um momento inesperado. A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, pediu a palavra durante o encontro e fez críticas diretas ao TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance.
A fala foi considerada improvisada e sensível, especialmente em um momento em que os Estados Unidos pressionam por mudanças na governança da plataforma, sob o argumento de riscos à segurança nacional.
O conteúdo da fala e a reação de Xi Jinping
Segundo relatos de membros da delegação presentes no jantar, Janja afirmou que o TikTok está impulsionando discursos de extrema-direita no Brasil, influenciando jovens e moldando o debate político de forma nociva. A crítica, inesperada, foi recebida com certo constrangimento, tanto pela diplomacia brasileira quanto pelos interlocutores chineses.
Em resposta, Xi Jinping limitou-se a dizer que o Brasil é soberano para tomar decisões sobre regulação de plataformas digitais, incluindo banimentos ou restrições, mantendo um tom diplomático e neutro.
Vazamento da conversa e reação de Lula
O episódio poderia ter passado despercebido, não fosse o vazamento da conversa para a imprensa brasileira, o que gerou uma crise interna no governo. Irritado, o presidente Lula questionou publicamente como o conteúdo de um jantar reservado foi parar nos jornais:
“A primeira coisa que acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá: o Alcolumbre e o Omar. Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu em um jantar que era algo muito pessoal e confidencial.”
Lula defende Janja após a crítica ao TikTok
Em meio ao desconforto gerado, Lula saiu em defesa da primeira-dama, destacando que Janja entende mais de redes sociais do que ele próprio e que não deveria ser tratada como uma “cidadã de segunda classe”.
A fala do presidente tem peso simbólico e político. Janja, além de atuar como primeira-dama, tem assumido papel ativo em causas sociais e digitais. Lula reforçou que ela tem autonomia para opinar, inclusive em espaços oficiais.
TikTok na geopolítica: um tema delicado
O contexto da crítica de Janja não ocorre em um vácuo. O TikTok está no centro de uma disputa geopolítica, principalmente entre China e Estados Unidos. O governo americano tenta forçar a venda da plataforma para uma empresa ocidental, sob o argumento de que a rede social pode ser usada como instrumento de influência política ou espionagem.
Nesse ambiente, qualquer posicionamento mais direto em relação à plataforma pode gerar ruídos diplomáticos. E foi o que ocorreu após a fala de Janja.
A influência do TikTok na política brasileira
Nos últimos anos, o TikTok cresceu exponencialmente no Brasil, especialmente entre o público jovem. Dados de 2024 mostram que mais de 80 milhões de brasileiros acessam a plataforma mensalmente. A velocidade de viralização dos vídeos e o poder do algoritmo levantam preocupações legítimas sobre desinformação e manipulação do debate público.
Estudos recentes apontam que o TikTok tem sido usado para impulsionar pautas conservadoras, nacionalistas e até teorias da conspiração — o que embasa, em parte, a crítica feita por Janja.
Consequências e repercussões
O mal-estar causado pela fala da primeira-dama não se limitou à diplomacia. Internamente, houve desconforto entre assessores e parlamentares, que viram no gesto um risco de tensionar desnecessariamente a relação com um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
Do lado da China, a resposta de Xi foi contida, mas o governo chinês costuma observar atentamente qualquer crítica pública às suas empresas, principalmente quando ocorrem em ambiente oficial.
Considerações finais
O episódio em que Janja critica o TikTok revela os desafios do Brasil em equilibrar soberania digital, liberdade de expressão e diplomacia internacional. A fala espontânea de Janja trouxe à tona um debate importante sobre o papel das plataformas digitais na formação de opinião pública, mas também expôs vulnerabilidades diplomáticas.
Nos próximos meses, espera-se que o governo Lula reforce o controle sobre a comunicação em eventos com chefes de Estado e avance no debate interno sobre regulação de algoritmos, proteção de dados e combate à desinformação, temas que já ganharam prioridade no Congresso.
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