Diplomacia
China em Foco: Desafios e Perspectivas com Elias Jabbour
Cenário Histórico, Econômico e Político da China em Foco
O próximo episódio do programa DR com Demori será uma imersão no complexo cenário histórico, econômico e político da China. Com a participação do professor Elias Jabbour, da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a atração promete revelações estimulantes sobre o país asiático.
Uma Perspectiva Única sobre a China
Elias Jabbour traz mais de 30 anos de estudos e vivências sobre a China, o que proporciona uma visão aprofundada e multifacetada da nação. Durante o programa, ele discutirá se há, de fato, uma definição objetiva para o sistema que rege o país. A conversa também abordará questões em torno do papel do dólar na economia global e sua provável descentralização em um cenário mundial multipolar.
O programa vai ao ar às 23h desta terça-feira (8), na TV Brasil.
Prosperidade e Desafios Sociais
Segundo Jabbour, a China é um caso à parte quando contrasta com o Ocidente. “No país, você respira prosperidade e percebe que o governo está entregando um futuro melhor para sua população”, afirma. No entanto, o professor também aponta desafios significativos.
“Embora a diferença entre ricos e pobres na China esteja diminuindo ao longo do tempo, a pobreza extrema e o mal-estar social que dela decorre não são facilmente perceptíveis,” ele observa. Essa afirmação indica uma complexidade social que merece atenção, especialmente em termos de políticas públicas e desenvolvimento sustentável.
A Necessidade de Novas Teorias Sociais
Para Jabbour, a compreensão da dinâmica social e política chinesa demanda uma abordagem ampla e inovadora. Ele propõe a formulação de novas teorias sociais que ajudem a entender a singularidade do modelo chinês.
“É um conjunto de características que podem ser identificadas como socialismo: uma economia baseada principalmente na propriedade pública, produção e finanças, onde o governo comunista utiliza a razão como ferramenta de transformação,” explica.
Diferenças Políticas entre China e Brasil
Jabbour também traça um paralelo entre a China e o Brasil, ressaltando que o problema no país sul-americano é essencialmente político. “Atualmente, não temos uma constituição clara que defina o caminho que queremos seguir,” observa. Essa afirmação levanta questões cruciais sobre a necessidade de um debate político mais abrangente e inclusivo.
Multipolaridade e a Nova Economia Global
Em um mundo que já caminha para a multipolaridade, Jabbour afirma que a desconfiança em relação ao dólar como a principal moeda de poder internacional está crescendo. “A tendência mundial indica que muitos países estão buscando formas de integração financeira entre si,” conclui. Esse movimento pode representar uma oportunidade para novos modelos econômicos e relações internacionais.
O Dólar em Questão
A crescente desconfiança em relação ao dólar pode ser vista como parte de uma mudança estrutural na economia global. O papel dos Estados Unidos, especialmente sua influência econômica, está sob revisão, servindo como um tema central para o debate atual sobre a estrutura monetária internacional.
Oportunidades para o Desenvolvimento
No entanto, Jabbour mantém um otimismo cauteloso. “Minha preocupação é como vamos observar essa transformação e utilizá-la como uma grande oportunidade de desenvolvimento,” ele pontua. Essa visão sugere que, embora os desafios sejam significativos, eles também podem abrir portas para novas parcerias e modelos de negócios.
Onde Assistir
O programa DR com Demori também estará disponível na íntegra no YouTube e no aplicativo TV Brasil Play. Para os ouvintes, o programa é transmitido simultaneamente em áudio na Rádio MEC, e entrevistas ficam acessíveis em formato de podcast no Spotify.
Conclusão: Reflexões sobre o Futuro da China e do Mundo
A discussão proposta por Elias Jabbour promete não apenas elucidar aspectos críticos da sociedade chinesa, mas também incentivar um diálogo mais profundo sobre o papel do Brasil e outros países no novo cenário global.
Os desafios que a China enfrenta, especialmente em termos de desigualdade e sustentabilidade, refletem questões que são universais. A transformação do dólar em uma moeda menos dominante representa uma mudança que pode afetar todos os países, incluindo o Brasil. Portanto, é essencial que os cidadãos estejam informados e preparados para essas mudanças.
Fonte: TV Brasil e Agência Brasil.
Diplomacia
Trump elogia Carney, mas não cede em tarifas ao Canadá
Na última terça-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, se reuniram na Casa Branca em um encontro que teve como foco as tensões comerciais entre os dois países. Apesar do tom amistoso da conversa, que incluiu elogios de Trump a Carney como “um líder de classe mundial”, não houve avanços concretos em relação às altas tarifas impostas pelo governo americano sobre produtos canadenses.
Elogios e Desafios nas Relações Bilaterais
Durante a coletiva de imprensa realizada após a reunião, Trump fez questão de destacar a simpatia que sente por Carney, descrevendo-o como “um homem agradável”, embora também tenha mencionado que ele pode ser “muito desagradável”. Essas declarações refletem a complexidade das relações comerciais entre os dois países, que estão em um momento delicado devido à guerra tarifária.
A Guerra Comercial e Seus Efeitos
A disputa comercial entre os Estados Unidos e o Canadá começou a impactar significativamente a economia canadense. A imposição de tarifas sobre produtos como madeira, alumínio, aço e automóveis gerou preocupações sobre possíveis consequências para o crescimento econômico do país vizinho. De acordo com dados recentes, o Canadá registrou uma queda em seu PIB no segundo trimestre, o que intensifica a pressão sobre Carney para que consiga um acordo favorável.
O Futuro das Tarifas e o Papel do T-MEC
Embora Carney tenha demonstrado otimismo ao afirmar que espera “um bom acordo” com os Estados Unidos, as tarifas ainda permanecem como um obstáculo crucial nas negociações. As conversas não trouxeram detalhes sobre como as tarifas poderiam ser aliviadas, deixando em aberto a questão de como o Canadá poderá proteger seus interesses econômicos.
A Importância do Acordo T-MEC
É importante lembrar que grande parte dos produtos canadenses está protegida pelo Acordo entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC). No entanto, Trump já sinalizou sua intenção de revisar as condições desse acordo nas próximas renegociações, aumentando a incerteza para as exportações canadenses, que representam 75% do comércio exterior do país.
Pressão Política Sobre Carney
No cenário político canadense, Carney enfrenta crescente pressão da oposição, que critica sua abordagem nas negociações com Trump. O líder da oposição, Pierre Poilievre, expressou em uma carta aberta que, caso Carney retorne ao Canadá sem resultados concretos, ele terá falhado com os trabalhadores e empresários canadenses.
Críticas às Concessões Feitas por Carney
As críticas se intensificam com o histórico de concessões que Carney fez ao governo americano. Em junho, ele cancelou impostos sobre gigantes da tecnologia dos EUA, uma decisão que gerou descontentamento entre setores da oposição. Além disso, a eliminação de tarifas impostas pelo governo anterior também é vista como uma fraqueza nas negociações, levando analistas a questionarem se Carney realmente tem uma estratégia sólida para lidar com Trump.
O Papel de Trump e Suas Políticas Comerciais
Trump apresentou, durante o encontro, novas tarifas de 25% sobre caminhões de carga, que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro. Essa medida demonstra a continuidade de sua política de protecionismo, que tem como objetivo priorizar a indústria americana, mas que também gera repercussões negativas nos parceiros comerciais, especialmente no Canadá.
O Humor como Ferramenta Diplomática
Apesar das tensões, Trump e Carney mantiveram um tom levemente humorístico durante a coletiva, com Trump fazendo brincadeiras sobre uma “fusão” dos dois países, referindo-se a seus pedidos anteriores para que o Canadá se tornasse o 51º estado americano. Esse tipo de interação pode ajudar a suavizar o clima das negociações, mas não substitui a necessidade de resultados concretos.
O Que Está em Jogo para o Canadá?
A situação atual coloca Carney em uma posição desafiadora, onde a necessidade de avançar nas negociações para proteger a economia canadense é crucial. O cientista político Daniel Beland, da Universidade McGill, destacou que Carney deve voltar de Washington com avanços significativos, especialmente nas áreas de aço e alumínio, que são vitais para a economia canadense.
Conclusão: O Caminho Adiante
As conversas entre Trump e Carney ilustram a complexidade das relações comerciais norte-americanas, que estão longe de ser resolvidas. A falta de avanços concretos nas tarifas e a pressão da oposição canadense aumentam a responsabilidade sobre Carney para garantir resultados que beneficiem seu país. O futuro das relações comerciais entre os dois países dependerá não apenas das negociações diretas, mas também da capacidade de Carney de equilibrar as demandas internas e externas.
Para os canadenses, o que está em jogo é a estabilidade econômica e a proteção de seus interesses comerciais. À medida que as negociações prosseguem, será fundamental acompanhar como Carney lidará com a pressão e se conseguirá conquistar um acordo que traga benefícios tangíveis para o Canadá.
Política & Poder
Lula e Trump têm conversa “extraordinariamente boa” sobre comércio
Na última segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descreveu sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “extraordinariamente boa”. Essa interação, que ocorreu em um momento crucial para as relações diplomáticas entre Brasil e EUA, foi marcada por uma cordialidade que surpreendeu Lula. O presidente brasileiro destacou a importância de ambas as partes evitarem erros nas negociações que possam impactar a população de seus países.
O Diálogo e as Demandas de Lula
Em uma entrevista à TV Mirante, do Maranhão, Lula relatou que durante a conversa, fez exigências diretas a Trump. Uma das principais solicitações foi a suspensão das tarifas que incidem sobre produtos brasileiros. Além disso, Lula enfatizou a necessidade de retirar as medidas de retaliação que afetam ministros brasileiros, como a suspensão de vistos.
“Eu falei para ele: para a gente começar a conversar, é importante que comece a ver o zeramento da taxação e a isenção de punição aos nossos ministros. A gente tem que começar a discutir com um pouco de verdade”, afirmou Lula. Essa abordagem direta reflete a urgência em restabelecer um diálogo construtivo entre as duas nações, fundamentais para a economia global.
Relação Comercial Brasil-EUA
Durante a conversa, o presidente brasileiro também destacou que o Brasil é um dos três países do G20 que apresenta déficit em sua relação comercial com os EUA, junto com Austrália e Reino Unido. Essa informação sublinha a necessidade de um reequilíbrio nas relações comerciais, que, segundo Lula, deve ser uma prioridade para ambos os líderes.
“Acho que ele entendeu, fiquei bastante surpreso com a cordialidade dele. São dois homens de 80 anos com muita responsabilidade, com muita experiência. A gente não pode errar. Nem o povo americano nem o povo brasileiro podem sofrer por conta de erros nossos”, disse Lula, enfatizando a responsabilidade compartilhada entre os dois países.
Trump e a Perspectiva Americana
Por sua vez, Donald Trump também se mostrou otimista em relação à conversa. Em uma postagem em sua rede social, o Truth Social, ele afirmou que a ligação foi “muito boa” e que diversos assuntos foram discutidos, com foco na economia e no comércio. “Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, declarou Trump.
Esse alinhamento de interesses entre os dois presidentes pode abrir portas para novas oportunidades de negócios e investimentos, beneficiando tanto o Brasil quanto os Estados Unidos.
Próximos Passos nas Negociações
De acordo com um comunicado oficial do Palácio do Planalto, Trump designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações com autoridades brasileiras sobre os temas discutidos. Essa decisão é um indicativo da seriedade com que a administração americana está tratando as demandas apresentadas por Lula.
Adicionalmente, ambos os líderes concordaram em realizar uma reunião presencial em breve, o que pode ser um passo fundamental para a consolidação de acordos que beneficiem ambos os países.
Lula em Imperatriz: Compromisso com o Desenvolvimento Social
Na mesma data da conversa com Trump, Lula esteve na cidade de Imperatriz, no Maranhão, onde participou da cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento do governo federal foi de R$ 358,6 milhões e deve atender cerca de 11 mil pessoas, destacando o compromisso do governo brasileiro com o desenvolvimento social e a melhoria da qualidade de vida da população.
Implicações para o Futuro das Relações Brasil-EUA
A conversa entre Lula e Trump representa uma oportunidade significativa para fortalecer os laços entre Brasil e Estados Unidos. A cordialidade demonstrada por ambos os líderes sugere que há um desejo genuíno de resolver questões pendentes e estabelecer um novo patamar nas relações bilaterais.
A suspensão de tarifas e a retirada de sanções podem ser passos cruciais para a revitalização do comércio entre os dois países, que historicamente têm sido parceiros estratégicos em diversas áreas, desde a economia até a segurança global.
O Papel da Diplomacia na Economia Global
Com o mundo enfrentando desafios econômicos complexos, a diplomacia se torna cada vez mais essencial. A comunicação aberta entre líderes de grandes nações pode facilitar a resolução de problemas que afetam diretamente a vida dos cidadãos.
A expectativa é que as conversas entre Lula e Trump resultem em ações concretas que possam beneficiar os brasileiros e americanos. A cooperação em áreas como comércio, tecnologia e desenvolvimento sustentável pode posicionar Brasil e EUA como exemplos positivos no cenário internacional.
O Caminho à Frente
A conversa entre Lula e Trump não apenas reafirma a importância da diplomacia nas relações internacionais, mas também destaca a necessidade de um diálogo contínuo e produtivo. À medida que os dois presidentes se preparam para futuras negociações, a expectativa é que possam encontrar soluções que promovam o desenvolvimento econômico e social de ambos os países.
Os cidadãos brasileiros e americanos devem acompanhar de perto as evoluções dessas discussões, pois o resultado delas pode impactar diretamente suas vidas. A esperança é que, através de uma comunicação efetiva e da disposição para o entendimento mútuo, Brasil e Estados Unidos possam construir um futuro próspero e harmonioso.
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